Nefrologia
Nefrologia e Hemodiálise
O tratamento nefrológico se inicia nas fases iniciais da doença renal crônica e também na insuficiência renal aguda. O nefrologista, juntamente com seu time multidisciplinar, não está focado somente nas terapias de substituição renal.
O tratamento conservador consiste em todas as medidas utilizadas para atrasar o agravamento da doença renal crônica. Alguns exemplos são um boa dieta, se possível individualizada, atividade física que contribua para um estilo de vida saudável e o uso de medicamentos que controlem doenças preexistentes.
A TRS conta com um time de especialistas que supervisionará o controle dos fatores de risco relacionado à outras doenças, medicamentos e suplementos. Atuará no diagnóstico preciso e precoce de condições renais propriamente ditas como as nefrites, infecções e cálculos.
A equipe da TRS, sempre atualizada, fará o possível para que o paciente não caminhe na direção de substituir os rins. Entretanto, para aqueles que realmente precisarem, a TRS fará com que essa transição ocorra de maneira natural e tranquila do ponto de vista emocional e orgânico, garantindo assim menos internações hospitalares e mais qualidade de vida ao paciente.
Exitem, atualmente, 3 tipos de terapias de substituição renal:
DIÁLISE PERITONEAL
Tratamento através do qual o processo ocorre dentro do corpo do paciente, com auxílio de um filtro natural como substituto da função renal. Esse filtro é denominado peritônio. É uma membrana porosa e semipermeável, que reveste os principais órgãos abdominais. O espaço entre esses órgãos é a cavidade peritoneal. Um líquido de diálise é colocado na cavidade e drenado, através de um cateter (tubo flexível biocompatível).
O cateter, conhecido como Cateter de Tenckoff, é permanente e indolor, implantado por meio de uma pequena cirurgia com anestesia local no abdome do paciente, próximo ao umbigo. Como é uma cirurgia simples, o paciente pode, em alguns casos, até receber alta no mesmo dia.
A solução de diálise é infundida e permanece por um determinado tempo na cavidade peritoneal, e depois drenada. A solução entra em contato com os capilares sanguíneos (vasos muito pequenos) e isso permite que as substâncias que estão acumuladas no sangue como ureia, creatinina e potássio sejam removidas, bem como o excesso de líquido que não está sendo eliminado adequadamente pelo rim.
As vantagens desse método passam por ser um tratamento domiciliar, garantindo maior autonomia do paciente e independência para o trabalho e viagens, além da preservação da função renal própria do paciente por mais tempo.
Modalidades desta diálise:
Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua (DPAC):
Realizada de forma manual pelo paciente e/ou familiar. Geralmente 4 trocas ao dia (manhã, almoço, tarde, noite), sendo que o tempo de troca leva aproximadamente 30 minutos. No período entre as trocas, o paciente fica livre das bolsas.
Diálise Peritoneal Automatizada (DPA):
Realizada normalmente à noite, em casa, utilizando uma pequena máquina cicladora, que infunde e drena o líquido, fazendo as trocas do líquido. Antes de dormir, o paciente conecta-¬se à máquina, que faz as trocas automaticamente de acordo com a prescrição médica. A drenagem é realizada conectando a linha de saída a um ralo sanitário e/ou recipiente rígido para grandes volumes. Durante o dia, se necessário, podem ser programadas “trocas manuais”.
Geralmente uma vez por mês o paciente vai à avaliação em consulta com o médico nefrologista e equipe multidisciplinar.
TRANSPLANTE
No transplante renal, um rim saudável de uma pessoa viva ou falecida é doado a um paciente portador de insuficiência renal crônica avançada. Através de uma cirurgia, esse rim é implantado no paciente e passa a exercer as funções de filtração e eliminação de líquidos e toxinas. Seus próprios rins permanecem onde eles estão, a menos que estejam causando infecção ou hipertensão.
O transplante renal é considerado a mais completa alternativa de substituição da função renal. Além de proporcionar uma menor taxa de mortalidade com o passar do tempo ainda garante uma melhor qualidade de vida, pois o transplante renal garante mais liberdade na rotina diária do paciente.
De uma forma geral, os pacientes que se submetem ao transplante renal têm uma maior sobrevida ao longo dos anos. Porém, a indicação da melhor estratégia de tratamento depende de vários fatores como, por exemplo: idade do paciente, causa da doença renal crônica, outras doenças que o paciente apresenta e fatores econômico-sociais. Então, a melhor opção varia de acordo com a situação de cada paciente.
HEMODIÁLISE
É um procedimento através do qual uma máquina limpa e filtra diretamente o sangue, ou seja, faz parte do trabalho que o rim doente não pode fazer. O procedimento liberta o corpo dos resíduos prejudiciais à saúde, como o excesso de sal e de líquidos. Também controla a pressão arterial e ajuda a manter o equilíbrio de substâncias como sódio, potássio, uréia e creatinina.
Basicamente, na hemodiálise, a máquina recebe o sangue do paciente por um acesso vascular e depois é impulsionado por uma bomba até o filtro de diálise (dialisador). No dialisador, o sangue é exposto à solução de diálise (dialisato) através de uma membrana semipermeável que retira o líquido e as toxinas em excesso e devolve o sangue limpo para o paciente pelo acesso vascular.
Uma fístula arteriovenosa (FAV), que pode ser feita com as próprias veias do indivíduo ou com materiais sintéticos, é preparada por uma pequena cirurgia no braço ou perna. É realizada uma ligação entre uma pequena artéria e uma pequena veia, com a intenção de tornar a veia mais grossa e resistente, para que as punções com as agulhas de hemodiálise possam ocorrer sem complicações. A cirurgia é feita por um cirurgião vascular e com anestesia local. O ideal é que a fístula seja feita de preferência 2 a 3 meses antes de se começar a fazer hemodiálise.
O cateter é uma opção, geralmente temporária, para os pacientes que não possuem uma fístula e precisam fazer hemodiálise. O cateter de hemodiálise é um tubo colocado em uma veia no pescoço, tórax ou virilha, com anestesia local. Os principais problemas relacionados ao uso do cateter são a obstrução e a infecção o que, muitas vezes, obriga a retirada do cateter e o implante de um novo cateter para continuar as sessões de hemodiálise.
As sessões de hemodiálise são realizadas geralmente em clínicas especializadas, hospitais. A hemodiálise domiciliar ainda se encontra com baixa adesão e ainda necessita de regulamentação no Brasil.
HEMODIÁLISE NA TRS
Na TRS, o paciente contará com um parque tecnológico de qualidade, com água ultra pura, ambiente confortável e equipe especializada para garantir um tratamento individualizado. Dessa forma, dentro do que está comprovado cientificamente, o paciente pode receber uma prescrição individualizada em relação ao tempo e número de sessões.
Os pacientes da TRS são estimulados a manter as suas atividades o mais próximo do normal, respeitando sua condição clínica e o cronograma das sessões. Por isso, o exercício físico é incentivado, assim como a manutenção do trabalho e estudos.