Diálise Peritoneal

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Fonte: Portal da Diálise: www.portaldadialise.com

A diálise peritoneal é um tratamento através do qual o processo ocorre dentro do corpo do paciente, com auxílio de um filtro natural como substituto da função renal. Esse filtro é denominado peritônio. É uma membrana porosa e semipermeável, que reveste os principais órgãos abdominais. O espaço entre esses órgãos é a cavidade peritoneal. Um líquido de diálise é colocado na cavidade e drenado, através de um cateter (tubo flexível biocompatível).

O cateter, conhecido como Cateter de Tenckoff, é permanente e indolor, implantado por meio de uma pequena cirurgia com anestesia local no abdome do paciente, próximo ao umbigo. Como é uma cirurgia simples, o paciente pode, em alguns casos, até receber alta no mesmo dia.

A solução de diálise é infundida e permanece por um determinado tempo na cavidade peritoneal, e depois drenada. A solução entra em contato com os capilares sanguíneos (vasos muito pequenos) e isso permite que as substâncias que estão acumuladas no sangue como ureia, creatinina e potássio sejam removidas, bem como o excesso de líquido que não está sendo eliminado adequadamente pelo rim.

As vantagens desse método passam por ser um tratamento domiciliar, garantindo maior autonomia do paciente e independência para o trabalho e viagens, além da preservação da função renal própria do paciente por mais tempo.

Modalidades desta diálise:

Diálise peritoneal ambulatorial contínua (DPAC):

Realizada de forma manual pelo paciente e/ou familiar. Geralmente 4 trocas ao dia (manhã, almoço, tarde, noite), sendo que o tempo de troca leva aproximadamente 30 minutos. No período entre as trocas, o paciente fica livre das bolsas.

Diálise peritoneal automatizada (DPA):

Realizada normalmente à noite, em casa, utilizando uma pequena máquina cicladora, que infunde e drena o líquido, fazendo as trocas do líquido. Antes de dormir, o paciente conecta-¬se à máquina, que faz as trocas automaticamente de acordo com a prescrição médica. A drenagem é realizada conectando a linha de saída a um ralo sanitário e/ou recipiente rígido para grandes volumes. Durante o dia, se necessário, podem ser programadas “trocas manuais”.

Geralmente uma vez por mês o paciente vai à avaliação em consulta com o médico nefrologista e equipe multidisciplinar.

Diálise peritoneal na opinião de quem fez:

“Tive minha vida de volta”. Foi assim que o Carlos César resumiu sua experiência com a diálise peritoneal, e é justamente para isso que nós da TRS tanto nos empenhamos e buscamos sempre a melhor alternativa para cada paciente: para levar vida.

“Eu faço [a diálise peritoneal] 7 horas durante a noite. Eu durmo, não vejo nada.” Essas foram as palavras usadas pela Milza para descrever a experiência que vem tendo com o procedimento. Para ela, o melhor da diálise peritoneal é poder estar em sua casa, perto da família. Além disso, ressalta melhora no bem-estar, ainda mais com a possibilidade de sair de casa e ter uma alimentação menos restritiva. 

A Cassiane realizou a diálise peritoneal por quase 3 anos e relata: “foi uma fase muito boa da minha vida, tive mais liberdade”. Para ela, o tratamento se tornou muito mais ‘suave’, já que não proporciona dores ou mal-estar algum.