Há alguns meses, uma equipe médica do Langone Health (Universidade de Nova York) realizou uma cirurgia inédita, transplantando um rim de porco em uma paciente diagnosticada com morte cerebral e sinais de disfunção renal. O procedimento, chamado de xenotransplante, partiu de inúmeras investigações que pudessem comprovar a eficiência do órgão animal no corpo humano. Dessa forma, foram propostas alterações genéticas a fim de diminuir o risco de rejeição.
Segundo Robert Montgomery, o cirurgião que liderou o estudo, o órgão produziu uma quantidade de urina esperada de um rim humano transplantado, e não houve evidências de rejeição vigorosa e quase imediata que já foi vista em rins suínos não modificados que foram transplantados para primatas não humanos. O porco geneticamente modificado foi desenvolvido pela unidade Revivicor da United Therapeutics Corp, sendo aprovado pelo Food and Drug Administration (agência reguladora dos EUA), em dezembro de 2020, para uso como alimento para pessoas com alergia a carne e como uma fonte potencial de terapêutica humana.
Esse procedimento é uma chama de esperança a pacientes que aguardam um doador. Até o momento, envolveu um único transplante e contou com uma supervisão de apenas três dias, indícios de que ainda há um longo caminho a ser percorrido, mas não negando os grandes passos que já foram dados em prol da ciência e saúde humana.
Fonte: CNN Brasil; g1/Fantástico.